Briófitas: classificação
- Leonardo Deganello
- 26 de jul. de 2015
- 1 min de leitura
Além da classe Musci, à qual pertencem os musgos, as briófitas são divididas em mais duas classes: Hepaticae (hepáticas) e Anthocerotae (antóceros).
As hepáticas
O termo hepática (hepato =fígado) deve-se à forma de fígado do gametófito. As hepáticas mais conhecidas pertencem ao gênero Marchantia e crescem em locais úmidos e sombreados. O gametângio fica na ponta de estruturas chamadas gametóforos. Como esse vegetal é heterotálico, há gametófitos com gametóforos masculinos, os anteridióforos, portadores de anterídios, e gametófitos com gametóforos femininos, os arquegonióforos, portadores de arquegônios (fig. 3). Nos arquegônios formam-se os zigotos que cresce e originam esporófitos, fechando-se o ciclo com a produção de esporos.
As hepáticas possuem também reprodução assexuada, através de propágulos, que se formam em estruturas em forma de taça, os conceptáculos, localizados no gametófito.

Fig. 3 - Hepáticas: briófitas com gametófitos em forma de fígado. Do conceptáculo saem pequenos pedaços da planta (propágulos) que realizam a reprodução assexuada.
Os antóceros
Podem ser exemplificados pelo gênero Anthoceros e também crescem em locais úmidos e sombreados. O gametófito é folhoso, arredondado, multilobado, com cerca de 2 centímetros e preso ao substrato por rizóides.
Ao contrário da Marchantia, os gametângios (anterídios e arquegônios) dos antóceros estão mergulhados nos tecidos do gametófito, podendo ser homotálicos ou heterotálicos. Vários esporófitos são formados no mesmo pé após a fecundação, possuindo uma base e um esporângio alongado, produtor de esporos (fig. 4).

Fig. 4 - Antóceros
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