Angiosperma: reprodução assexuada
- Leonardo Deganello
- 7 de ago. de 2015
- 2 min de leitura
De modo geral, a capacidade de reprodução assexuada é mais desenvolvida nos vegetais do que nos animais, atingindo até os mais complexos - as plantas com flores. Por isso, a reprodução assexuada também é, frequentemente, chamada reprodução vegetativa.
Em algumas Angiospermas, como a grama, o morangueiro, a bananeira e a cana-de-açúcar, o caule cresce horizontalmente e os ramos laterais produzem raízes, tornam-se independentes e formam uma nova planta, que vai se multiplicando pelo terreno. Um caule com vários pés de planta grama forma o que se chama de estolão (fig. 7). O caule subterrâneo da batata, por exemplo, forma tubérculos providos de gemas. Depois que o caule morre, as gemas dos tubérculos dão origem a uma nova planta. Já na planta conhecida como fortuna, existem gemas nos bordos das folhas que originam novas plantas quando a folha se desprende, caindo no solo.

Fig. 7 - A reprodução assexuada nas plantas
Vantagens econômicas da reprodução assexuada
Além de ser mais rápida, a reprodução assexuada produz indivíduos geneticamente idênticos ao original. Desse modo preservam-se características que se quer manter ao cultivar uma planta. Essa características poderiam se perder com a reprodução sexuada, pois, ao cruzarmos plantas híbridas, por exemplo, apenas uma parte dos descendentes obterá todas as características desejáveis.
O homem, ao criar novas técnicas de reprodução assexuada, também aproveita as partes da planta que naturalmente se reproduzem assexuadamente. Na técnica conhecia por estaquia, por exemplo, pedaços de ramos, raízes ou folhas são enterrados e originam novas plantas.
Quando a planta não pega por estaquia, pode-se usar a mergulhia: enterra-se um ramo sem destacá-lo da planta original, até que nasçam raízes. O ramo com raízes é então destacado da planta original e plantado separadamente (fig. 8). Um outro processo semelhante a esse é a alporquia, usado para árvores altas, com ramos difíceis de envergar até o solo. Neste caso, aplica-se um vaso com terra ao ramo para que este forma raízes (fig. 8).
Na enxertia, parte de um ramo de uma planta, chamado cavaleiro ou enxerto, é transplantada para outra planta, o cavalo ou porta-enxerto. Neste caso, partes de plantas economicamente importante mas pouco resistentes a parasitas do solo são transplantadas para o caule de plantas mais resistentes, porém sem utilidade econômica.

Fig. 8 - Técnica para a reprodução assexuada de plantas com características úteis para o homem.
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